Mas antes, um drama da vida real
Digamos que você, como cliente, abre seu aplicativo de entregas favorito e faz um pedido de 3 itens, em um comércio local. Você paga mais caro por estar recebendo rapidamente, é verdade, e cria expectativas sobre a entrega. Quando menos espera, uma surpresa! Seus itens não foram encontrados e seu pedido precisou ser cancelado. É uma situação bem frustrante… o nome disso é Ruptura ou Stockout. Um Stockout acontece quando, ao receber um pedido com certos produtos, a empresa responsável não possui os itens em estoque nas quantidades e condições desejadas. Este incidente tem uma repercussão muito negativa, pois não só a venda é perdida, como a imagem da empresa é danificada aos olhos do consumidor.
É por isso que as maiores plataformas de delivery do mundo hoje evitam ao máximo este tipo de situação; muitos inclusive possuem, contratualmente, uma cláusula de SLA, também conhecido como Acordo de Nível de Serviço, que estabelece um nível mínimo de Stockout das lojas afim de garantir a melhor experiência possível para seus usuários. Com efeito, quando a loja ultrapassa x% de stockout, pode ser penalizada com multas.
Por que isso acontece com o varejo?
No lado da loja, esta situação pode ocorrer por alguns motivos, dentre eles: a falta de controle do estoque disponível. Afinal de contas, diferente de restaurantes, que possuem apenas algumas dezenas de itens disponíveis e conseguem realizar a manutenção manual de seu catálogo, diariamente, as lojas físicas varejistas possuem milhares de itens, impossibilitando definitivamente o controle humano de todos os SKUs trabalhados. É preciso automatizar!
Como evitar este tipo de problema
Num esforço para viablizar a automatização deste processo e para que os clientes recebam sempre um serviço de qualidade consistente, as marcas adotam o uso de padrões e convenções. O padrão mais utilizado mundialmente hoje para produtos é o código de barras ou GTIN.
GTIN é a sigla de Global Trade Item Number, ou seja, um número identificador para itens comerciais desenvolvido e controlado pela GS1, a organização oficial responsável por fornecer os códigos no Brasil e no mundo.
Os GTINs, anteriormente chamados de códigos EAN, são atribuídos para qualquer item – produto ou serviço – que pode ser precificado, pedido ou faturado em qualquer ponto da cadeia de suprimentos.
Por ser um padrão global, a utilização do código de barras facilita a interoperabilidade entre diferentes sistemas em toda a cadeia de fornecimento.
Por exemplo, para vender mercadorias nos grandes marketplaces da internet (como Amazon e Mercado Livre) você precisa, obrigatoriamente, trabalhar com códigos de barra. Os marketplaces fazem esta exigência com a finalidade de melhorar a qualidade e a eficiência do seu catálogo de produtos e, consequentemente, a experiência dos clientes. Além disso, vendedores e marketplaces terão a certeza que farão a entrega do produto correto.
Por isso, trabalhar com códigos de barra é fundamental para anunciar seu catálogo de produtos na internet. Se você não trabalha com códigos de barra, significa que você adota um padrão de controle inerentemente único a sua loja, dificultando assim qualquer possibilidade de conexão com qualquer sistema ou plataforma de vendas online.
Como trabalhar com códigos de barra
Começar a trabalhar com código de barras é um processo simples e recompensador para quem está levando a sério a estratégia de digitalização. O ideal é começar coletando os dados de um único fornecedor, inserir no seu sistema de controle (ERP) e ir evoluindo no seu ritmo na inserção do restante.
Ter o inventário físico anunciado online pode abrir muitas portas para as lojas físicas. Um dos efeitos diretos é o fortalecimento da lealdadade do cliente com a marca e o incremento nas vendas, obtido com a expansão do alcance geográfico da loja.
Resumo
Os códigos de barras, ou GTINs, são essenciais para a difusão do inventário físico na Internet. São um padrão global e ajudam a melhorar a qualidade e a eficiência na venda de produtos online. Para começar a trabalhar com códigos de barras, deve iniciar colentado dados de um fornecedor e, em seguida, trabalhar com o resto deles ao seu próprio ritmo. Fazê-lo pode levar a uma maior fidelidade dos clientes, mais vendas, e um maior alcance geográfico para as lojas físicas.
Você pode gostar de ler: Revolução Figital: Como planejar o futuro da sua rede de lojas físicas